terça-feira, 18 de novembro de 2008

RETANGULO E OUTRAS FORMAS



meus sentidos estão para a rua
completamente à frente
sem perda ou benefício
aos lados pares e ímpares

minha atmosfera detona
tempestades arroxeadas e
se conforma e consola nas formas
dos últimos pingos de calmaria
MOVIMENTO



os km/s rodados na esteira
não são computados em
meu destino

as idéias seguem em linha reta

acordo querendo amparo
só quem teve o carro contra
o muro
desperta no assombro da
velocidade
a um segundo da fratura

podia ser o monge recluso
com a fé apenas
na simplicidade que corre
pelas janelas e o refeitório
que habita o copo de vinho
as migalhas de pão na sopa

os discursos vivem em prateleiras

podia ser eu
curtindo o movimento
só anda lento quem
aproveita o sol numa
brecha de prédios
CHEWING GUN AND NEWS



ameaça de um vendaval de guarda-sóis
a hora desperdiçada
marcas de biquíni
masco goma com
as notícias mundiais

nada de errado
exceto as
grades invisíveis
do que não se pode mudar

construirei um castelo de
mudanças
rampas de novidades
galerias de recomeço
CÍRCULO CUBO



rua é a atmosfera de alguns passos de liberdade
ruas são espaços de ser ilha
entre ruídos líquidos

das direções a tomar
a dúvida é um cubo voltado pra
avenida do pensamento

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A DIMENSÃO NO MAPA



ao encarar a aura da realidade
(um contorno inicial me enganara)
vi a dimensão sombria
de uma clareira
a força de serra do que nos escapa
a fragilidade do que é feito
terra

sábado, 1 de novembro de 2008